No domingo (26), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demonstrou confiança em um bom resultado comercial com o Brasil, apesar de seu governo ter imposto tarifas sobre produtos brasileiros. Em uma declaração com tom diplomático, Trump afirmou: “Acho que conseguiremos fechar alguns bons acordos, como temos conversado, e acho que acabaremos tendo um ótimo relacionamento.” A fala foi imediatamente vista com entusiasmo pelo governo brasileiro de Luiz Inácio Lula da Silva, que interpretou o gesto como um possível sinal de alívio na crise econômica e nas tensões bilaterais.
Contudo, o otimismo do Palácio do Planalto teve vida curta. Apenas algumas horas mais tarde, enquanto estava no avião presidencial, Trump reverteu o tom ao ser questionado novamente sobre o tema. Utilizando seu conhecido estilo direto e imprevisível, ele respondeu: “Não sei se algo vai acontecer.” A mudança brusca de perspectiva agiu como um “balde de água fria” sobre o governo brasileiro, que esperava anunciar um avanço concreto nas negociações com Washington.
O comentário revelou que Trump não pretende facilitar a retirada das medidas de proteção econômica adotadas pelos Estados Unidos, sugerindo que as ações dependem da estabilidade institucional e do fim de políticas autoritárias no Brasil.
O líder republicano tem mantido a prioridade de defender os interesses americanos, sinalizando que Lula precisa demonstrar seriedade e firmeza antes de poder esperar qualquer demonstração de boa vontade. Essa diferença no discurso expõe, mais uma vez, a fragilidade da diplomacia brasileira, que tende a supervalorizar até mesmo os sinais mínimos de diálogo, enquanto Trump mantém sua estratégia de pressão.
Obviamente, pensando nos brasileiros que podem perder seus empregos por conta dos tarifaços, é melhor alguma negociação do que nenhuma. Mas, Trump já mostrou que não será jogo fácil! A negociação se arrastará por semanas e nada pode acontecer.
